Baixo centro
Ewerton Belico, Samuel Marotta
2018, 80 min
Na obra de Ewerton Belico, os filmes se apresentam como caminhos abertos para as possibilidades de criação e experimentação. Uma poética do espaço – notadamente, das ruas e esquinas de Belo Horizonte, quase sempre tomadas à noite – ganha protagonismo e dá vazão a um forte desejo de expressar tanto visões críticas de mundo quanto uma aposta em outros estados de mundo, outros regimes de representação e sensibilidade, menos calculados, mais imprevisíveis. O cinema de Ewerton Belico se faz numa intimidade profunda com a madrugada. Seus filmes escutam cartas de amor extraviadas, solidões coletivas. O barulho dos próprios passos na rua vazia, o barulho do silêncio. O som metálico de Exu, a ideia instável de Exu. Observam: o que dizem as janelas sobrepostas, a penumbra dos postes de luz, as festas que emergem do centro à periferia de Belo Horizonte?
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