Era uma vez diversiones
Henrique Arruda
2025, 21 min
O cinema de Henrique Arruda se destaca por meio de sua estética vibrante, marcada por universos que se constroem na intersecção entre a cultura drag, a ficção científica, o pop, o tecnobrega e outras referências imagéticas e sonoras. Seus filmes se relacionam de forma direta com a experiência queer, elaborada através do exuberante, do luminoso, do colorido e de uma saturação formal que atravessa todas as suas imagens. Em curtas como Os Últimos Românticos do Mundo, vislumbramos uma distopia futurista delineada pela imagem de uma nuvem rosa apocalíptica e por elementos que evocam o cinema dos anos 1980. Já em Verde Limão, somos levados às intimidades e rememorações de uma artista drag em sua última apresentação no palco. Em Filhos da Noite, mergulhamos no clima das boates gays, escutando os relatos de antigos frequentadores que resistem à ideia de envelhecer sem a liberdade expressiva formada nestes espaços. Arruda constrói, assim, um cinema profundamente conectado à comunidade LGBTQIAPN+, atento aos gestos de montação — que parecem se fundir à própria linguagem cinematográfica —, fazendo da ficção um espaço de fabulação e de criação sensível de formas para dar corpo às vivências que retrata. Reunimos aqui sete curtas-metragens do realizador, convidando-os a conhecerem mais profundamente seus universos singulares.
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