Paula Gaitán
Eu sou Paula Gaitán, cineasta colombiano-brasileira, atualmente residindo em São Paulo, Brasil. Minha primeira experiência com o cinema foi como diretora de arte do clássico Cinema Novo ‘A Idade da Terra’, de 1978. Dirigi meu primeiro longa, ‘Uaká’, dez anos depois. Desde então, dirigi dezenas de longas-metragens, vídeos, séries e instalações televisivas, nomeadamente Diário de Sintra (2008), Exilados dos Vulcões (2013), Subtis Interferências (2016), esta última sobre a relação entre imagem e som – um filme sobre a obra do músico Arto Lindsay – e meus últimos filmes são Luz nos Trópicos (Forum / Berlinale2020), “é Rocha e Rio, Negro Leo (Riverock) e ‘Se Hace Camino al Andar’ (Forum Expanded Berlinale 2021.. No momento estou trabalhando no novo filme sobre Ken Jacobs.
Independentemente do tamanho de cada produção, desenvolvo uma relação íntima e pessoal com o material com o qual estou trabalhando, em todas as fases do processo de filmagem, desde o conceito até a mixagem de som, gradação de cores, etc. Este processo depende muito da intuição e pensando de uma forma que seja ao mesmo tempo colaborativa e extremamente pessoal com outros artistas também. Meus filmes reúnem uma enorme variedade de estilos e formatos, de adaptações literárias a videoclipes. Mas uma das coisas que eles compartilham é a presença da prática artística e da arte na própria obra, de fotografias e gravações de música a poemas e outras fontes literárias. Tenho um interesse constante pelo trabalho de outros artistas, o que me levou a filmar gente como Eliane Radigue, Ken Jacobs, Maria Gladys, Agnes Varda, Matana Roberts, Arto Lindsay, Marcelia Cartaxo, Lygia Pape, Renato Berta, Arrigo Barnabé , Elza Soares e Negro Leo.
Sons e imagens vêm permeando minha vida há décadas. Trabalhar no cinema também é assim. Deixar que as imagens habitem os seus sonhos, a sua imaginação, para que imagens mentais e fantasmagóricas possam preencher os seus dias e noites, fazendo questão da sua existência tomando forma. Chega-se a pensar no destino das imagens e finalmente elas nascem, ganham forma e se tornam reais, visíveis, mas ainda espectrais. Eles se tornam imagens em movimento, experiências sonoras e filmes a serem compartilhados. Eles são uma forma de comunicação com outros seres existentes, as plantas, as pedras, os mortos. E por meio desses sonhos eles se reorganizam como sociedade e decidem como devem agir.
Filmografia
Longas:
É ROCHA E RIO, NEGRO LEO
Doc. | 157’ | BRASIL | 2020
LUZ NOS TRÓPICOS
Ficção | 255’ | Brasil | 2020
SUTIS INTERFERÊNCIAS
Doc. 82’ | BRASIL | 2017
NIGHT
Experimental | 87’ | BRAZIL | 2015
Exilados do Vulcão
Ficção | 125’ | BRASIL | 2013
Agreste
Documentario-Experimental | 76 ‘| BRASIL | 2010
DIÁRIO DE SINTRA
Doc | 90 ‘| BRASIL | 2007
VIDA
Doc | 70 ‘| BRASIL | 2008
Uaká
Doc | 77’ | Brasil | 1988
Curtas e outros formatos:
STEPS
Experimental | 15′ | BRASIL | 2021
Se Hace Camino al Andar
Experimental | 35’ | Brasil | 2021
A MULHER DO FIM DO MUNDO // ELZA SOARES
Video Clipe| 05’ | 2017 | BRAZIL
A Chuva no meu Jardim, AGNES VARDA
29 ” |Brasil | 2015
Memória da Memória
Curta Experimental| 25’ | BRAZIL | 2013
KOGI
Curta documental | 13’ | BRAZIL | 2009
Monsanto
Curta Experimental | 22′ | BRASIL | 2008
Pelo Rio
Curta Metragem | 13’| 2007
Pela Água
Curta Metragem |8′ | 2004
Marta Traba , Palabra Mujer,
Curta Metragem | 28′ | 1997
Presencia , Ausencia
Curta Metragem | 30′ | 1996
Vuelo de Condor
Curta Metragem |28′ |1995
Lygiapape
Média Metragem | 43′ | 1991
Olho d’Agua
Média Metragem | 36’| 1987