Festival de Cinema de Diamantina (FCD)
Apresentação.
O Festival de Cinema de Diamantina (FCD) é uma mostra competitiva que visa divulgar a produção audiovisual nacional, refletir sobre a realidade brasileira e promover formação de público no Vale do Jequitinhonha e em Minas Gerais. Realizado entre 19 e 22 de abril deste ano, exibimos trinta curta-metragens e oito longas com a realização de debates, shows e lançamentos de livros. O festival apresentou algumas das obras que a cinematografia nacional tem feito sobre nossa identidade, ampliando o debate sobre a produção do cinema nacional, renovando (ou renegando) nossos mitos fundadores a partir de novas fisionomias e recortes, consolidando a presença de mulheres, negros, lgbtqia+ e outros grupos que não eram protagonistas, não só na frente das câmeras como também em papéis criativos e de direção. O Festival propõe ser um espaço de troca e debate entre novos realizadores e realizadoras com profissionais consolidados no cenário nacional e ao mesmo tempo ser um espaço de fomento e formação de público para a região que possui acesso limitado à produção nacional de cinema.
Textos curatoriais:
Entre 04 e 09 de julho, serão exibidos 18 curtas-metragens de 12 estados brasileiros, que poderão ser assistidos separadamente ou seguindo sugestões de cinco sessões que compõem um panorama da produção nacional contemporânea, sob curadoria de João Paulo Campos e Gustavo Maan. Os filmes apresentados compõem um breve retrato da produção de curtas metragens nacionais entre 2020 a 2022, periodo que restringiu a visibilidade de algumas produções nacionais devido a pandemia. A mostra online do FCD surge como um esforço de articulação da produção curta-metragista durante este período. As sessões foram montadas a partir de pontos de contatos e rupturas entre os filmes, por aproximações que partem de um ponto comum e que tem a intenção de servir como um elo de provocação ao olhar do espectador.
Um convite para viajar por paisagens urbanas entre o factual e o alucinatório.
Pequeno mosaico de topografias, a sessão apresenta obras que perseguem os rastros do chão de diferentes localidades brasileiras
Sessão: 3 – Visagens das margens
O campo da arte no século XXI é fortemente marcado por vozes, saberes e práxis de artistas que foram historicamente excluídos da cena autoral. Esta sessão apresenta variações da dissidência desde o cinema
Sessão: 4 – Lampejos e choques
Navegando entre um mar de repetições estilísticas, as obras propõem, a partir de curto-circuitos, a construção de novos caminhos estéticos.
As histórias do cinema se misturam com a história dos sonhares. Esta sessão apresenta uma pequena constelação de obras cujo caule expressivo é o gesto de sonhar e delirar — imaginar caminhos.